A bicicleta em Évora é só para miúdos?

Crédito fotográfico: © Can Stock Photo / bernardojbp

Até ao momento já passaram pelas actividades do Projecto cerca de 600 crianças das escolas de Évora. Crianças e Jovens dos 10 aos 16 anos.  Estivemos nas semanas anteriores na Escola André de Resende e Gabriel Pereira. Esta semana estaremos por 3 dias na Escola Manuel Ferreira Patrício.

Temos sido maravilhosamente bem recebidos pela Comunidade Educativa: professores, funcionários, alunos e as famílias que, pacientemente, e complacentemente, riem com o nosso Fixemóbil. Aquele carrito que anda pé, criado pela equipa fantástica do PIM Teatro, que ridiculariza o trânsito infernal e diário, ou melhor bi-diário, à porta das escolas durante a entrega e recolha dos alunos. 

Depois desta experiência, algumas conclusões rápidas: 

  1. quase todos os alunos são transportados de carro para a escola. A excepção são alguns que moram a menos de 1000 m da escola que andam a pé; 
  2. É residual o número de alunos que usa o autocarro nas Escolas André de Resende e Gabriel Pereira. Cerca de 1 aluno por turma;
  3. É residual aqueles que usam a bicicleta nas suas deslocações diárias escola-casa;
  4. E agora a ilação que mais nos surpreendeu: é entre  os jovens entre os 10 e 14 anos que são transportados de carro diariamente que existe o maior desejo de mudarem a sua forma de mobilidade para a bicicleta. Em contraponto, muitos dos jovens entre 14 e 16 anos já querem ter …uma moto. 

Será já tarde fazer campanhas junto dos jovens desta idades? Será a bicicleta um modo de mobilidade apenas ligado à infância? Uma coisa é certa, apesar do aumento de bicicletas nas ruas de Évora, ainda estamos longe da moda da bicicleta na nossa cidade. Mas lá chegaremos. E o projecto Evora 2.0 está nas escolas e na cidade para dar o seu contributo pela mobilidade activa e pelo transporte público.

Fernando Moital, 5/11/2019

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